terça-feira, 26 de maio de 2009

GALIZA - LÍNGUA, POESIA, CULTURA E MAIS

A GALIZA

A cidade de Pontevedra às margens do Lérez

1. HISTÓRICO
A Galécia (em latim Gallaecia) foi uma província romana ao norte da Península Ibérica. Correspondia, mais ou menos, o que hoje é a própria Galiza, na Espanha, e a atual região do Minho, em Portugal. Ao sul, encontrava-se a província da Lusitania. A origem do nome, segundo alguns, é a latinização do grego kallakoi, que significa “pessoas dos castros”, ou seja, dos castelos.
Em áreas de produção agrícola, com frequência aparecem os hórreos. São pequenas e tradicionais construções de pedra para se armazenar o produto das colheitas. Os hórreos possuem recursos para que não sejam invadidos por pequenos animais que procuram esses produtos para se alimentar. Eles existem também ao norte de Portugal, na região do Minho.

Um hórreo

A Galiza atualmente é uma Comunidade Autônoma, cuja capital é Santiago de Compostela. Possui quatro províncias: A Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra. A maior cidade é Vigo, na província de Pontevedra.
Como região autônoma é governada por uma Junta, denominada Xunta de Galicia.
A Comunidade possui traços rurais bem definidos. As cidades não chegam a ser grandes. O que
predomina são os campos com rica vegetação. Pela situação geográfica e pelo clima favoráveis é rica em vegetação e, por isso, recebeu a denominação de “país verde”. Poderia também ser chamada "país amarelo". Quando chega a primavera os campos pedregosos se cobrem de toxo, uma planta espinhosa com flores amarelas.

O toxo nos campos galegos

As sete maiores cidades da Galiza (para poder incluir as quatro capitais de Província) são:
1. VIGO – 295.000 h.
Vigo, a maior cidade da Galiza, é um municúpio da Província de Pontevedra. É, também, a maior cidade não capital de Província de toda a Espanha. É o porto mais importante da Península Ibérica. Praticamente, todos los continentes se interligam com o porto de Vigo, que acolhe um grande número de linhas regulares, tanto de navios de carga, como modernos transatlânticos de turismo.
Na época do Trovadorismo, Vigo era centro de um grande número de trovadores. Ficou famosa a Cantiga Ondas do Mar de Vigo, de Martim Codax (séc. XIII).

1.
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?
E ai Deus!, se verrá cedo?
2.
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
E ai Deus!, se verrá cedo?

O mar na ria de Vigo

2. A Corunha – 245.000 h
A Coruña situa-se entre o porto e as muitas praias. Por isso, diz-se que é a cidade que tem mar de dois lados. O seu monumento-símbolo é a Torre de Hércules, que foi construída há mais de 2000 anos. É o farol em funcionamento mais antigo do mundo. Como uma das principais capitais de Província, A Corunha apresenta intensa vida noturna, com cassino e espectáculos, concertos e festivais, geralmente apresentados no no Teatro Rosalía.
3. Ourense – 115.000 h
É uma capital que se encontra no centro-sul da Galiza, às margens do rio Minho e bem próxima do norte de Portugal. É famosa por suas burgas, fontes termais, com água a 65º. É famosa a culinária da região, muito parecida com a do norte de Portugal. Além dos mariscos, famosos em toda a Galiza, há o denominado “prato nacional”: lacón (pernil de porco defumado) com grelos (brotos de hortaliças, principalmente do nabo) e salsichas.
4. Santiago de Compostela – 92.500 h
Santiago de Compostela é a capital da Comunidade e, juntamente com Jerusalém e Roma, uma dos locais de peregrinação mais importantes do mundo. A cidade toda está ligada à história do apósto Tiago (Santiago) e às peregrinações que para lá se dirigem desde a descoberta do túmulo do apóstolo, no ano de 813. A grande catedral, na praça do Obredoiro, foi construída em 1075. É o ponto de chegada para quem percorre os aproximados 800 km do Caminho de Santiago. É também a cidade dos estudantes.
5. Lugo – 96.000 h
Lugo, a romana Lucus Augusti (bosque de Augusto), tem um ambiente extraordinário devido à sua muralha romana, que a envolve e que se encontra completa e bem conservada. Mede mais de 2 km de comprimento com uma altura média de 11 m. Lugo é atravessada pelo Caminho de Santiago, que vem desde o outro lado dos Pirineus, na França, para chegar a Santiago de Compostela.
6. Ferrol – 85.000 h
Ferrol, na província de A Corunha, é importante porto e sede de indústrias, principalmente a naval. Por isso, é conhecida como a Cidade dos Estaleiros. Historicamente, foi sede da Armada Espanhola. É a terra natal do caudilho espanhol Francisco Franco. Por tal motivo, foi denominada, na época do Franquismo, de Ferrol del Caudilho. É também pátria de Pablo Iglesias, fundador do partido trabalhista PSOE – Partido Socialista Obrero Español.
7. Pontevedra –80.000 h
Pontevedra, a Ponte Vetera (a forma do latim popular) dos romanos. Teria sido fundada por Teucro, herói da guerra de Troia, no séc. XIII a. C. O fundador dá nome a uma praça da cidade. Em Pontevedra, encontra-se um templo bastante venerado, que é a Igreja da Peregrina, em forma de concha. A pequena e encantadora cidade é bastante movimentada, com inúmeros bares e restaurantes, que servem pratos da rica culinária galega. Nos arredores encontram-se lugares turísticos, como Arousa, a ilha de A Toxa, O Grove e outros.
II - A LÍNGUA GALEGA
O galego é a língua oficial da Comunidade Autônoma da Galiza, na Espanha. É falado também em algumas áreas fronteiriças do principado das Astúrias e das províncias de Leão e da província de Zamora, estas duas já na atual região de Castela Leão.
A língua galega encontra-se atualmente num grande dilema devido a algumas tendências. Uma delas é a denominada reintegracionista. Esta considera o galego uma variedade do português. Assim, os seus seguidores defendem uma norma ortográfica comum, ou muito parecida, para o galego e o português; há, uma outra, de total independência (o galeguismo). É considerada a tendência oficial, segundo à qual, o galego e o português são duas línguas distintas e, por isso, defende normas ortográficas diferenciadas . É denominada isolacionista pelos partidários do reintegracionismo; e finalmente uma terceira, que é de aproximação com o castelhano, língua oficial da Espanha. Esta, ultimamente, tem sido muito criticada pelos intelectuais da Galiza.
São defensores de uma língua e de uma cultura tipicamente galega intelectuais como Eduardo Pondal, Manuel Curros Enríquez, e no séc. XX, Ramón Cabanillas, Ramón Otero Pedrayo, Álvaro Cunqueiro e tantos outros.
III – A CULTURA GALEGA
A cultura galega está intimamente ligada à cultura dos Celtas, povos que habitavam a região antes dos Romanos. Os celtas, em grego, keltoi, signifcava ocultos. Assim, a música, as danças, o folclore de modo geral sofre essa influência.
As citanias (povoados) e os castros (fortificações) já existiam no noroeste da atual Espanha antes mesmo da invasão dos Celtas. Porém, a cultura ibérica se misturou com os elementos célticos, tanto assim que essas construções continuaram a ser utilizados pelos druidas celtas.

Ruínas da antiga citania e reconstrução de uma casa castreña

A música: A tradição da dança e da música tem origens celtas. A gaita de fole um dos instrumentos mais típicos. O baile gallego é a manifestação mais visível da região. Dança-se a pares num círculo. É muito parecida com as danças portuguesas da região do Minho, limítrofe à Galiza.
Os principais instrumentos musicais são a gaita de fole, a pandereta, a caixa e o bumbo. É frequente usar-se também as castanholas.
O gênero musical mais típico e tradicional da Galiza é a muiñera. Esse nome se deve ao fato de ter se originado nos moinhos. Na Galiza, é frequente que a música e os seus temas, bem como a dança, sejam fortemente influenciados pela cultura rural e folclórica.
A música galega atual procura unir o moderno ao tradicional. A intenção dos novos compositores, como Xabier Díaz, não é recordar o passado, mas reinterpretá-lo com novas harmonias. Busca-se um novo sentido num presente que aos poucos vai se afastando do tradicionalismo.

Um desfile de gaiteras

- A pintura galega
Os pintores geralmente nominados na pintura galega são aqueles surgidos após o período denominado de Rexurgimento, já a partir do Romantismo, se considerarmos a poetisa Rosalía de Castro uma das iniciadoras do movimento. Bello Piñeiro (1886 – 1952) teria sido o precursor do Rexurgimento na pintura galega. Pouco depois surgem Os Renovadores, como Manuel Colmeiro (Pontevedra, 1901 – 1999), Luis Seoane, Laxeiro, Arturo Souto y Carlos Maside, considerados continuadores da geração de Eugenio Granell (1912 - 2001), Francisco Llorens (1874 - 1948) e outros. De Manuel Colmeiro disse o colega pintor Carlos Maside, em 1934:
Se os povos caminhassem parelhos em sensibilidade com a obra dos seus criadores representativos, hoje Galiza berraria em pé os seus júbilos por ter parido um pintor, o PINTOR, carne da sua carne, terra da sua terra”.

Dos contemoprâneos, citam-se nomes como os de Alfonso Costa, Ana Lamuño, Barreiro, Cabanas, Caruncho, Correa Corredoira, García Patiño, Isaac Díaz Pardo, Jaime Quesada, Jano Muñoz, Lugrís Vadillo, Marc Quintana, Pablo Orza, Quintana Martelo, Gutiérrez de la Concha.
Um quadro de Manuel Colmeiro:

Paisaje con labriegas

IV - A RELIGIÃO GALEGA
A religião predominante é o Catolicismo romano. Porém, há na Galiza uma forte influência céltica também na religião. A cultura dos Druidas e das fadas é constante. Há de certo modo um Cristianismo celta, que surgiu diferente do Cristianismo romano, inclusive na simbologia religiosa.
Os Druidas, que alguns vêem apenas como sacerdotes, eram mais do que isso. Representavam uma espécie de filósofos, cientistas ou eruditos, e inclusive magos. Daí o apego dos galegos à magia e aos rituais religiosos, como se pode exemplificar pelo culto ao apóstolo Santiago, que marca profundamente a religião galega, simbolizada muitas vezes pelo Caminho de Santiago
.

A cidade Santiago de Compostela com a Catedral

Um aspecto ligado à religião e ao folclore da Galiza é a crença nas meigas (magas), que são uma atualização do conceito de fadas e bruxas. As meigas se comportam de acordo com a pessoa. Se uma pessoa merece o bem, agem como fadas; se, ao contrário, a pessoa merece o mal, agem como bruxas.
Não é por acaso que a mascote da Galiza seja a meiga. Para quem não crê, há um ditado espanhol: “yo no lo creo, pero que las hay, las hay!”. Ou, em galego: "no me creo en las meigas prou haber hai-nas". Elas estão expostas por toda parte, lojas, carrinhos de ambulantes e nas tabernas pelos caminhos dos peregrinos.
Alguém disse em galego: “A figura da meiga está moi arraigada na tradición popular”. São mulheres com conhecimento de magia, além de menciñeiras (curandeiras) e, inclusive, adivinhas. Há vários
tipos de meigas: chuchonas (as que chupam o sangue de crianças); asumcordas (as espreitadeiras de pessoas); marimanta (as que rouba os rapazes e os faz desaparecerem); feiticeira (a que hipnotiza os rapazes e os joga no rio); cartuxeiras ( as que adivinham pelas cartas); lobismuller (versão feminina do nosso lobisomem); e outros.
V - A GASTRONOMIA GALEGA
A Galiza é famosa pela sua culinária. Tanto a tradicional como a nova cozinha ganham dimensão especial por contar com a inegável qualidade das matérias primas, principalmente os mariscos. Mas há pratos a base de carnes, como o famoso lancón (pernil de porco defumado) e muitas hortaliças, das quais a mais tradicional são os grelos.
Os mariscos mais famosos vêm da região de O Grove; e as carnes, da província de Ourense. Como deve acontecer, cada prato deve vir acompanhado por um bom vinho regional, como um Ribeiro ou um Albariño, que tornam esses pratos mais deliciosos.

Pulpos, vieiras, pan gallego y tinto Ribeiro

VI – A LITERATURA GALEGA
A literatura galega é a grande expressão da Galiza. Desde o século XII com os trovadores galego-portugueses, um surto de lirismo tomou conta de toda a região (a atual Galicia espanhola e o atual norte de Portugal, na época,Portu Cale. As Cantigas Paralelísticas, as Cantigas de Amor e também as Cantigas de Maldizer são estudadas tanto na literatura espanhola, como na portuguesa. São conhecidos poetas como Airas Nunes, Martim Códax, Pero da Ponte, Julian Bolseiro e outros.
Podemos dividir as etapas da literatura galega da seguinte maneira:
- Período Medieval (XIII – XV) - (Trovadorismo, Cantigas de Santa María e Prosa galega medieval)

- Séculos Escuros (XVI, XVII e XVIII)
- Rexurdimento (XIX)
- Século XX.

Rosalía de Castro

No Romantismo, surgiu a grande poetisa Rosalía de Castro (Maria Rosalía Rita). Nasceu em Camiño Novo, nos arredores de Santiago de Compostela, em 1837. Foi registrada como de pais desconhecidos, mas seria filha de José Martínez Viojo, um sacerdote, que, devido à sua condição religiosa, não pôde reconhecer nem legitimar a sua filha. Faleceu em Padrón, em sua residência, em 1885, vítima de câncer.

Casa de Rosalía em Padrón, atualmente, museu em homenagem à poetisa

Rosalía de Castro é autora de várias obras tanto em prosa como em poesia, algumas em castelhano. Em galego, publicou: Cantares Gallegos (1863), base para o chamado ressurgimento da língua e da literatura galega. A obra, porém, que lhe deu notoriedade foi Follas Novas, de 1880.
Da primeira parte de Cantares Gallegos, estas estrofes:

Campanas de Bastabales,
cuando os oigo tocar,
me muero de añoranzas.
I Cando vos oio tocar,
campaniñas, campaniñas,
sin querer torno a chorar.

. Cando de lonxe vos oio
penso que por min chama
dese das entrañas me doio.

. Dóiome de dór ferida,
que antes tiña vida enteira
e hoxe teño media vida.

. só media me deixaron
os que de aló me trouxeron,
os que de aló me roubaron.

. Non me roubaron, traidores,
¡ai!, uns amores toliños,
¡ai!, uns toliños amores.

De Follas Novas, primeira parte que reúne os poemas sob o título Vaguedad, estes três:

I
Daquelas que cantan as pombas i as frores,
Todos din que teñen alma de muller.
Pois eu que n’as canto, Virxe da Paloma,
¡Ai!, ¿de qué a terei?
II
Bem sei que non hai nada
Novo en baixo do ceo,
Que antes outros pensaron
As cousas que ora eu penso.
.
E bem, ¿para que escribo?
E bem, porque así semos,
Relox que repetimos
Eternamente o mesmo.
III
Tal como as nubes
Que impele o vento,
I agora asombran, i agora alegran
Os espazos inmensos do ceo,
Así as ideas
Loucas que eu teño,
As imaxes de múltiples formas,
De estranas feituras, de cores incertos,
Agora asombran,
Agora acraran
O fondo sin fondo do meu pensamento.

Como representantes da poesia atual, apresentam-se o poeta Celso Emilio Ferreiro e o prosador Xavier Frias-Conde.
Celso Emilio Ferreiro (Celanova - Ourense, 1912 – Vigo, 1979).
De família camponesa e galeguista, aos 22 anos fundou com José Velo Mosquera a Federação de Mocedades Galeguistas. Chegou a ser processado por um artigo publicado em Guieiro, revista que dirigia.
Foi convocado para a Guerra Civil Espanhola pelas tropas de Franco. Em 1966 emigra para a Venezuela. Lá trabalhou no gabinete do presidente Rafael Caldera Rodríguez, que governou aquele país por duas vezes, de 1969 a 1074 e de 1994 a 1999.

Ao voltar da emigração, passou a residir em Madri, onde exerceu o jornalismo. Escreveu prosa e poesia em castelhano e galego. Em galego, destacou-se por sua poesia de conteúdo social. Foi esta que lhe deu a reputação de grande escritor.
Suas principais obras são: Cartafol de poesía, O sono sulagado, Viaxe ao país dos ananos, Terra de ningures, Onde o mundo se chama Celanova, Longa noite de pedra. Esta última é a mais importante e conhecida e que deu nome a toda uma época da historia galega contemporánea. Publicou ainda a obra Cimeterio privado.
Pela epígrafe, pelo estilo, pela temática e, inclusive, pelo título da obra, Celso Emilio Ferreiro se mostra admirador e seguidor do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade.
POEMA de Longa Noite de Pedra - 1962

(No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra
.)
(Carlos Drummond de Andrade)

Xavier Frias-Conde (1965)
Xavier Frias-Conde é escritor em língua galega, embora tenha publicado também em outras línguas, como o português e o espanhol. A sua obra poética contém literatura infantil (aproximadamente vinte títulos) e poesia para adultos (oito livros e muitas colaborações em revistas literárias). É professor universitário e trabalha também como tradutor de textos literários. Grande ensaísta, principalmente sobre a língua e a cultura galega. Sua residência oficial, desde 1974, é em Madri, mas passa grande parte da vida em Praga.
Só se vive desperto (um microrrelato)

El acordou a tremer. Tivera o peor pesadelo da súa vida. Soñara que aboiaba entre cabichas, milleiros de cabichas, millóns de cabichas, aínda sen apagar, un mar de cabichas. E respiraba cabichas, afundía entre as cabichas, engulía cabichas... Non entendía por que aquel pesadelo que, amais, xa se repetira varias veces nas últimas semanas. Sinceramente, non entendía o porqué. Mais acordara tan nervioso que procurou acougo. Estricou a man, apañou un cigarro e prendeuno. E o fume chegoulle até o fondo. E despois, matou o cigarro e botou a cabicha ao chan, onde ela foi facer compaña a outras súas colegas que durmían o sono dos xustos.

VII – UM ADEUS A GALIZA
Assim, com esta breve passagem por estradas, caminhos, cidades, aldeias, despedimo-nos de Galiza. Ficou a memória de encontros com pessoas, recantos... Pudemos saborear pratos da rica culinária e ler alguns textos de escritores e poetas. Por tudo isso e por mais que não se diz, a Galiza permanecerá em nossa lembrança como uma região de lugares emblemáticos e de gente acolhedora.
E para finalizar, quatro poemetos (com muita boa vontade, quatro haicais):

1. ALDEA DE COBADOSA

En la Cobadosa,
Provincia de Pontevedra,
en su cueva la osa
.

2. VILA DE CAROY

Vila de Caroy.
Sigo só pelos caminhos.
Mas,ah! como dói!

3. EIGREJA DE CAROYSiento un gran apelo
frente al templo de Caroy.
Yo me quedo suelo.


4. CORREDOIRA

Pola estrada calma
de Corredoira a Caroy,
sigo eu e minh'alma.

9 comentários:

raquel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
raquel disse...

Ia passando por aqui e eis que me deparo com... a história, a geografia, a literatura, outras artes e mais da Galiza. E ainda poemas até então inéditos (salvo engano), do próprio blogueiro! Aí parei, li e aproveitei textos e imagens. Dentre outras coisas, finalmente conheci - e deles gostei demais - os poemas de Rosalia de Castro - muito moderna.

Jayme Ferreira Bueno disse...

Pois é, você deve conhecer as fotos. É do tempo que fiquei em Lisboa e dei uma esticada mais demorada até a Galiza. Fui conhecer a terra de vários colegas da PUCPR daquela época, inclusive a Elisa.
Para mim, a Andaluzia e a Galiza, além das duas Castelas, são as regiões que mais admiro na Espanha.
Em Portugal, gosto de todas, inclusive da Ilha da Madeira.
Um abraço, e vamos continuar!...

Cristiane Rodrigues disse...

Muito bom o passeio por Galiza proporcionado pelo blog. Gostei muito, principalmente dos poemas. Vou indicar aos meus alunos.
Abraços.

Jayme Ferreira Bueno disse...

Oi, Cristiane,
que bom que você visitou mais uma vez o meu blog.
Obrigado pelo comentário.
Você deve ter percebido na Ilha da Madeira o quanto eu gosto de viagens. O meus sonho era ser guia turístico. É mais ou menos o que estou fazendo agora com filhos, genro, netos, sobrinhas e, inclusive, amigos.
Depois da sua defesa, deve ir pensando no trabalho para o Congresso da AIL, em Faro, no Algarve.
Um grande abraço,
Jayme

Tania Anjos disse...

Olá. prof. Jayme!

Este post é de tirar o chapéu!

Fico sempre muito feliz quando venho por aqui, pois sempre saio enriquecida e entusiasmada!

Grande abraço.

Taninha

Jayme Ferreira Bueno disse...

Obrigado, Taninha!
Você também gosta de turismo?Depois da literatura, turismo é a minha grande paixão.
Sempre gostei da Galiza, como gosto muito de Portugal.
Um hgrande abraço.

Anxo disse...

Olá Jayme. Escrevo dende a Galiza pra dizer muito obrigado pelo post que escreve sobre nós, muito completo e muito interessante.

Gostaria que visitase o meu blog http://alemdominho.blogspot.com/ onde falei do seu post, de "como nos vem no Brazil".

Nos estamos a viver uma situaçao dificil coa nossa lingua, muito empobreçida polo espanhol, e acho que conheçer o Brazil e Portugal e a lingua portuguesa é uma maneira de darlhe uma oportunidade de sobreviver ó galego. É por isso que escrevo o meu blog.

Um abraço.

Cleide Garcia disse...

Bom dia Jayme. Sou brasileira com cidadania espanhola devido a meu avô paterno ser da Galícia, de Ourense, então tudo sobre a Galícia me encanta.
Tenho um sonho de poder um dia morar na Espanha e com certeza em uma região da Galícia pela própria facilidade do idioma. Amei o seu post. Abraços. Cleide