Por intermédio de Tânia Azeredo, a Taninha, dos Blogs No rastro da poesia e no Rastro da educação, tomei contato com a poesia de Hercília Fernandes. Ela é uma mulher de muitos talentos: educadora, compositora de música popular, poetisa e escritora, não necessariamente nessa ordem. Talvez, simultaneamente, como todas as pessoas que se propõem a produzir trabalho, arte, cultura.
Com dois livros publicados, Retrato de Helena, 2005, e Agá-Efe: entre ruínas e quimeras, 2006, Hercília Fernandes já faz parte do mundo das letras. Como professora e pedagoga, atua na educação fundamental e na universitária, em seu estado natal, o Rio Grande do Norte. É Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. Na área da educação, é também Especialista em Educação Infantil pela mesma UFRN – Centro de Ensino Superior de Seridó, em Caicó, sua terra natal, no extremo sul do estado potiguara.
Escreve versos desde muito jovem. Como confessa, aprendeu a construir seus sonhos na paisagem do sertão. Talvez, a brancura do algodão do Seridó, a brisa da serra da Borborema, aliados à beleza dos bordados da região foram o alento poético da sua meninice e que se solidifica agora na juventude. Hercília Fernandes mantém os Blogs HF diante do espelho e Novidades & Velharia. Como não tive ainda acesso aos livros de Hercília Fernandes, recolhi em diferentes blogs os três poemas que seguem:
ORVALHO (Etimologia poética)
Favor não me chamar:
ervilha
lentilha
milha
qualquer coisa terminada em ilha!
Gosto das mil miudezas...
Aprecio deveras poesia-ilha
Porém, my name is
Hercília!
Me chame orvalho.
Lágrimas aquecem o tom matinal
dispersam tempestades após labores e silêncios.
Me chame firmamento
Jardim em flor desbravando litoral
Rósea cor, purpurina, a-normal
Mas, favor não me chamar
ervilha
lentilha
milha
qualquer terminação em ilha
Meu nome é orvalho
natural-mente
Hercília!
Neste poema, dá-se atenção ao trabalho com a palavra. Da palavra Hercília, o seu nome, a poetisa deriva, foneticamente, ervilha, lentilha, milha e a terminação ilha. Esta última, porém, embora uma terminação, assume o seu próprio sentido como palavra, o substantivo ilha. Assim, passa a significar, plurivocamente, um acidente geográfico, mas que, muito frequentemente, tanto poética como filosoficamente, torna-se metáfora de homem ou de mulher. É comum dizer-se que ninguém pode ser uma ilha. Todos nós necessitamos de outras pessoas, sejam familiares, amigos, pessoas amadas, enfim o outro, para nos completar e dar sentido à nossa existência.
Além desse trabalho paronomásico, a poetisa trabalha também com a formação das palavras. Assim grafa poesia-ilha, a-normal e natural-mente. Na primeira, a palavra ilha aparece na formação da palavra composta poesia-ilha. Em a-normal, dá-se a formação de uma nova palavra com o prefixo negativo a. Por fim, em natural-mente, temos uma formação com o sufixo mente, que pode aproximar-se ao verbo mentir, sinônimo de fingir, usado frequentemente para evidenciar o aspecto ficcional do texto. Não se pode também desprezar o emprego da expressão em língua inglesa my name is. Os estrangeirismos, ao lado de arcaísmos e de neologismo constituem fortes recursos poéticos.
ORVALHO (Etimologia poética) traz no título o alerta de ser um poema que busca a própria etimologia dos seus termos. E o termo nuclear do poema é o próprio nome da autora: Hercília.
É assim que leio o poema Orvalho, de Hercília Fernandes.
CAVALO ALADO
Fiquei triste!
De repente todo manto azul do céu
desabou sobre mim. Ao tocar minha pele, aquele azul-celeste,
claro feito neve, coloriu-me de carmim.
Claro! Eu não dei por mim.
Precisava mais de poesia:
escura, difusa, tardia
faria luz à minha nostalgia.
Claro! Eu desejei o cetim.
Com todos os seus festins.
Eu precisava demais de folia
para emoldurar a minha melancolia.
Claro! Tudo foi só um sonho
Um engano desenganado:
claro - como é o orvalho,
escuro - como é o pecado.
Claro... O sonho se foi num cavalo alado!
Este é um poema que estrutural e semanticamente privilegia, em especial, o elemento cromático e a rima, além da duplicidade semântica natural de toda poesia.
Quanto ao elemento cromático, que se alia às antíteses, aparecem explicitamente “manto azul do céu”, “azul celeste”, “carmim”; e, implicitamente à cor do, a “cetim”, que geralmente se apresenta colorido. Há, ainda, o “claro orvalho” em oposição ao “escuro pecado”. Essas oposições desembocam em um autêntico paradoxo: “engano desenganado”. Esse é o estado em que o eu poético mergulha.
É esse estado poético, já emergente nas contradições da primeira estrofe: “azul celeste, claro feito neve, coloriu-me de carmim”. Isso desencadeia, na segunda estrofe, uma sequência de rimas pelo emprego das palavras: poesia, tardia, nostalgia, folia, melancolia. E isso constitui o festim desejado.
A duplicidade semântica aparece acentuadamente no último verso com a palavra Claro. O termo Claro tanto pode referir-se à brancura do sonho, como representar uma expressão afirmativa, que surge em frases como, por exemplo, "Claro que isso acontece...".
Como motivos principais, aparecem a tristeza e a desilusão. O poema inicia com o verso “Fiquei triste” e continua registrando “minha nostalgia”, “minha melancolia”, para encerrar-se com “O sonho se foi num cavalo alado!”.
O cavalo branco, ao voar, leva o sonho. É a perda, o esvair-se do sonho.
MARIA CLARA
Maria Clara
Clara
Alva
rara Maria.
............................................................ Ria
............................................................ Ia
............................................................ Subia
............................................................ clara à luz do dia
Minha cara,
Clara minha!
........................................................... Doce flauta,
........................................................... serena,
........................................................... silencia.
Minha causa
fada minha!
........................................................... Rara
........................................................... tão alva
.......................................................... Clara,
........................................................... tanto bem,
.......................................................... Maria!
Neste poema, Hercília Fernandes trilha o experimentalismo. A disposição das estrofes - que ocupam diferentes espaços na página em branco - vai ao encontro de uma das primeiras formas experimentais da poesia que depois foi também denominada poesia concreta, como se prefere no Brasil, ou experimental, denominação mais presente na literatura portuguesa. Essa é uma contribuição, principalmente, da poesia de Mallarmé, com o poema Un coup de dés.
Com o aproveitamento dessa técnica, a poetisa passeia pelos recursos do concretismo com bastante facilidade. Da similaridade formal da palavra passa para a diferenciação semântica, como em “Maria Clara”, “Clara”, “Alva”. Nessa sequência, há a passagem de Clara (substantivo próprio), para Clara (adjetivo) e finalmente um sinônimo da segunda palavra, o também adjetivo Alva. De modo semelhante, continua na segunda estrofe, embora com outras derivações: Ria, que evolui para ia, para subia e para dia, sempre com a terminação ia, que aparece na primeira palavra. Segue em frente explorando o processo em: cara, Clara, causa. Na última estrofe, surge Rara, próxima foneticamente de cara e de Clara.
Como figuras, aparece a metáfora sinestésica "Doce flauta", seguida da assonância serena, silencia.
Para concluir, é interessante notar que o texto inicia com Maria e termina com Maria. É como o fechamento de um círculo e como, também, a expressão viva da circularidade do poema, uma das características da poesia concreta.
Com os comentários, procurei mostrar um pouco da riqueza e da complexidade da poesia de Hercília Fernandes. Espero que a poetisa continue com sua produção poética, para satisfação de seus leitores, dentre os quais me incluo.
Para encerrar, envio uma homenagem à Hercília e à sua terra natal.
Sertão. Seridó.
Na beleza da brancura
a flor de Caicó.
Com dois livros publicados, Retrato de Helena, 2005, e Agá-Efe: entre ruínas e quimeras, 2006, Hercília Fernandes já faz parte do mundo das letras. Como professora e pedagoga, atua na educação fundamental e na universitária, em seu estado natal, o Rio Grande do Norte. É Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. Na área da educação, é também Especialista em Educação Infantil pela mesma UFRN – Centro de Ensino Superior de Seridó, em Caicó, sua terra natal, no extremo sul do estado potiguara.
Escreve versos desde muito jovem. Como confessa, aprendeu a construir seus sonhos na paisagem do sertão. Talvez, a brancura do algodão do Seridó, a brisa da serra da Borborema, aliados à beleza dos bordados da região foram o alento poético da sua meninice e que se solidifica agora na juventude. Hercília Fernandes mantém os Blogs HF diante do espelho e Novidades & Velharia. Como não tive ainda acesso aos livros de Hercília Fernandes, recolhi em diferentes blogs os três poemas que seguem:
ORVALHO (Etimologia poética)
Favor não me chamar:
ervilha
lentilha
milha
qualquer coisa terminada em ilha!
Gosto das mil miudezas...
Aprecio deveras poesia-ilha
Porém, my name is
Hercília!
Me chame orvalho.
Lágrimas aquecem o tom matinal
dispersam tempestades após labores e silêncios.
Me chame firmamento
Jardim em flor desbravando litoral
Rósea cor, purpurina, a-normal
Mas, favor não me chamar
ervilha
lentilha
milha
qualquer terminação em ilha
Meu nome é orvalho
natural-mente
Hercília!
Neste poema, dá-se atenção ao trabalho com a palavra. Da palavra Hercília, o seu nome, a poetisa deriva, foneticamente, ervilha, lentilha, milha e a terminação ilha. Esta última, porém, embora uma terminação, assume o seu próprio sentido como palavra, o substantivo ilha. Assim, passa a significar, plurivocamente, um acidente geográfico, mas que, muito frequentemente, tanto poética como filosoficamente, torna-se metáfora de homem ou de mulher. É comum dizer-se que ninguém pode ser uma ilha. Todos nós necessitamos de outras pessoas, sejam familiares, amigos, pessoas amadas, enfim o outro, para nos completar e dar sentido à nossa existência.
Além desse trabalho paronomásico, a poetisa trabalha também com a formação das palavras. Assim grafa poesia-ilha, a-normal e natural-mente. Na primeira, a palavra ilha aparece na formação da palavra composta poesia-ilha. Em a-normal, dá-se a formação de uma nova palavra com o prefixo negativo a. Por fim, em natural-mente, temos uma formação com o sufixo mente, que pode aproximar-se ao verbo mentir, sinônimo de fingir, usado frequentemente para evidenciar o aspecto ficcional do texto. Não se pode também desprezar o emprego da expressão em língua inglesa my name is. Os estrangeirismos, ao lado de arcaísmos e de neologismo constituem fortes recursos poéticos.
ORVALHO (Etimologia poética) traz no título o alerta de ser um poema que busca a própria etimologia dos seus termos. E o termo nuclear do poema é o próprio nome da autora: Hercília.
É assim que leio o poema Orvalho, de Hercília Fernandes.
CAVALO ALADO
Fiquei triste!
De repente todo manto azul do céu
desabou sobre mim. Ao tocar minha pele, aquele azul-celeste,
claro feito neve, coloriu-me de carmim.
Claro! Eu não dei por mim.
Precisava mais de poesia:
escura, difusa, tardia
faria luz à minha nostalgia.
Claro! Eu desejei o cetim.
Com todos os seus festins.
Eu precisava demais de folia
para emoldurar a minha melancolia.
Claro! Tudo foi só um sonho
Um engano desenganado:
claro - como é o orvalho,
escuro - como é o pecado.
Claro... O sonho se foi num cavalo alado!
Este é um poema que estrutural e semanticamente privilegia, em especial, o elemento cromático e a rima, além da duplicidade semântica natural de toda poesia.
Quanto ao elemento cromático, que se alia às antíteses, aparecem explicitamente “manto azul do céu”, “azul celeste”, “carmim”; e, implicitamente à cor do, a “cetim”, que geralmente se apresenta colorido. Há, ainda, o “claro orvalho” em oposição ao “escuro pecado”. Essas oposições desembocam em um autêntico paradoxo: “engano desenganado”. Esse é o estado em que o eu poético mergulha.
É esse estado poético, já emergente nas contradições da primeira estrofe: “azul celeste, claro feito neve, coloriu-me de carmim”. Isso desencadeia, na segunda estrofe, uma sequência de rimas pelo emprego das palavras: poesia, tardia, nostalgia, folia, melancolia. E isso constitui o festim desejado.
A duplicidade semântica aparece acentuadamente no último verso com a palavra Claro. O termo Claro tanto pode referir-se à brancura do sonho, como representar uma expressão afirmativa, que surge em frases como, por exemplo, "Claro que isso acontece...".
Como motivos principais, aparecem a tristeza e a desilusão. O poema inicia com o verso “Fiquei triste” e continua registrando “minha nostalgia”, “minha melancolia”, para encerrar-se com “O sonho se foi num cavalo alado!”.
O cavalo branco, ao voar, leva o sonho. É a perda, o esvair-se do sonho.
MARIA CLARA
Maria Clara
Clara
Alva
rara Maria.
............................................................ Ria
............................................................ Ia
............................................................ Subia
............................................................ clara à luz do dia
Minha cara,
Clara minha!
........................................................... Doce flauta,
........................................................... serena,
........................................................... silencia.
Minha causa
fada minha!
........................................................... Rara
........................................................... tão alva
.......................................................... Clara,
........................................................... tanto bem,
.......................................................... Maria!
Neste poema, Hercília Fernandes trilha o experimentalismo. A disposição das estrofes - que ocupam diferentes espaços na página em branco - vai ao encontro de uma das primeiras formas experimentais da poesia que depois foi também denominada poesia concreta, como se prefere no Brasil, ou experimental, denominação mais presente na literatura portuguesa. Essa é uma contribuição, principalmente, da poesia de Mallarmé, com o poema Un coup de dés.
Com o aproveitamento dessa técnica, a poetisa passeia pelos recursos do concretismo com bastante facilidade. Da similaridade formal da palavra passa para a diferenciação semântica, como em “Maria Clara”, “Clara”, “Alva”. Nessa sequência, há a passagem de Clara (substantivo próprio), para Clara (adjetivo) e finalmente um sinônimo da segunda palavra, o também adjetivo Alva. De modo semelhante, continua na segunda estrofe, embora com outras derivações: Ria, que evolui para ia, para subia e para dia, sempre com a terminação ia, que aparece na primeira palavra. Segue em frente explorando o processo em: cara, Clara, causa. Na última estrofe, surge Rara, próxima foneticamente de cara e de Clara.
Como figuras, aparece a metáfora sinestésica "Doce flauta", seguida da assonância serena, silencia.
Para concluir, é interessante notar que o texto inicia com Maria e termina com Maria. É como o fechamento de um círculo e como, também, a expressão viva da circularidade do poema, uma das características da poesia concreta.
Com os comentários, procurei mostrar um pouco da riqueza e da complexidade da poesia de Hercília Fernandes. Espero que a poetisa continue com sua produção poética, para satisfação de seus leitores, dentre os quais me incluo.
Para encerrar, envio uma homenagem à Hercília e à sua terra natal.
Sertão. Seridó.
Na beleza da brancura
a flor de Caicó.
17 comentários:
Querido Prof. Jayme,
é com grande alegria que vejo suas palavras direcionadas a minha amiga Hercília Fernandes.
Hercília também é bordadeira... Borda poesias em finos tecidos, com finas e delicadas linhas.
Hercília só está "escondida" como cada um de nós... Em algum ponto desse Brasil tão grande e desse Mundo e, ainda, Universo de meu Deus; posto que seu talento ecoa em quem tem o prazer - em qualquer pontinho, seja lá onde for - de lê-la e apreciá-la enquanto artista talentosa que é.
Hercília Fernandes enobrece a Classe de Educadores e enobrece a Cultura de nosso Brasilzão.
Linda e preciosa postagem com análises apuradas e belas escolhas de seu trabalho poético.
Forte e carinhoso abraço, Prof. Jayme!
Beijos é parabéns querida Hercília, você merece!!
Taninha
Caro Prof. Jayme, reintero suas palavras e minha adimiração pelo trabalho magnífico da analise poética de Hercília Fernandes.
Seus poemas, são únicos e de uma estética e beleza esplendorosas.
Ela é uma das poetisas que mais admiro pela qualidade e bom gosto.
Parabéns, ao Professor e à homenageada!
A ambos aplaudo de pé!
Um forte abraço
Mirze
Hercília e Taninha,
falei dos bordados de Caicó, com base em pesquisa sobre o sul do Rio Grande do Norte, região de Seridó, terra do algodão, dos bordados e do melhor carnaval do interior do Nordeste. A este último não fiz referência nos comentários. Ainda bem que concordam comigo que os poemas de Hercília são bordados, tecidos. Semanticamente, o termo texto quer dizer tecido. Aqui, porém, a relação vai adiante, além de tecido, é também bordado.
Um abraço às duas.
Mirze, que bom que li agora o seu comentário!
Obrigado pelas palavras gentis sobre os meus comentários.
Reitero que a poesia de Hercília é rica e complexa, no sentido estético. Não se trata de uma amadora. Ela é já uma profissional das Letras.
Parabéns a ela e às suas amigas, que sabem valorizar a poesia, em especial a da Hercília Fernandes.
Prof. Jayme,
é com imensa felicidade que recebo o seu belo estudo analítico de minha poesia. Você demonstra grande sensibilidade e sabedoria na decomposição de textos poéticos. Me sinto honrada por figurar em sua lente atenta e poeticamente elaborada.
Agradeço-lhe de todo coração o seu amável e generoso gesto e parabenizo por mais esse habilidoso desempenho com as letras.
Agradeço também à Taninha Nascimento por ter-nos possibilitado esse maravilhoso e afortunado encontro e a Mirze por se fazer presente nessa trajetória literária.
Mais uma vez, receba a minha admiração e sincero carinho.
Abraço caloroso em todos os seus leitores,
Hercília Fernandes.
Senhor Professor,
quem sou eu para lhe dizer qualquer coisa sobre o conteúdo da sua análise técnica, que gostei imenso.
No entanto, tomo a liberdade de acrescentar uma coisa que o Senhor Professor também já sabe:
A razão da escrita da Hercília ser tão boa é porque é sentida. Dela enama um perfume profundamente humano, que só, na minha opinião, uma pessoa de valores e caracter é capaz de expressar.
Conheci a Hercília através da internet. Ela deu-me a dádiva da amizade. Tenho-a no coração e procuro honrar o que dela recebi. Por isso, não falo para a agradar.
A Hercília, e as palavras dela, enriquecem a existência de todos nós.
Como tal, é merecedora de todo e qualquer reconhecimento que lhe façam. E nenhum será demais!
Os meus parabéns a ambos!
Receba os meus melhores cumprimentos,
Vicente Ferreira da Silva
Porto, Portugal.
Prezadíssimo Vicente
Foi bom receber mensagem de além-mar, principalmente de pessoa que vive e vivencia a poesia. Nosso Portugal de tantos poetas, de tanta poesia, de prêmio Nobel de Literatura, recebido pela obra em prosa, mas de autor que é também poeta.
Pois, de facto, não toquei no aspecto da poesia sentida, poesia fingida, poesia pensada, poesia sincera, o que reunidos constituem tema tão grato nas letras portuguesas. Concordo, porém,in totum, com o que o colega disse: Hercília Fernandes vive a poesia, no sentido que lhe dá José Régio. Assim, filia-se a autores, como o próprio Régio e Florbela Espanca. Mas essas são as limitações próprias do espaço de um Blog.
Gratíssimo pelo fundamentado comentário.
Abraços ao amigo, a Portugal e aos portugueses.
Jayme
Caríssima Hercília,
Obrigado pelas palavras sempre gentis que você me dedica. A qualidade da sua poesia de fato me levou a esse pequeno estudo, com as limitações próprias pelo espaço de um blog.
Você comenta em mensagem para seus amigos sobre o poema Maria Clara, “ser (...) resultante de um processo de intertextualidade com o texto Clara, de Caetano Veloso”. É verdade que não entrei no aspecto da intertextualidade. Mas, digo, agora, que o seu texto pode ter sido inspirado pela letra da música do Caetano, mas você trabalha de modo tão complexo que essa intertextualidade se esfuma. O seu é um texto que se torna independente do motivo inicial, inclusive formalmente.
Um grande abraço do
Jayme
Vicente, meu querido amigo.
Fiquei muitíssimo emocionada com a sua expressão sincera de carinho, traduzida em generosas palavras. Não sei se as mereço, mas muito me comoveram.
Agradeço-lhe por ter vindo ao blog do Prof. Jayme que, com notória sensibilidade e lucidez analítica, realizou este belo estudo sobre as curvas-linhas de minha poesia.
Forte abraço, grande poeta e ser humano!
H.F.
Querido prof. Jayme,
muito tenho a agradecer-lhe pela fartura de seus comentários analíticos sobre minha poesia.
Quanto à intertextualidade do poema Maria Clara com o texto Clara, realmente a sua análise está corretíssima. A motivação inicial foi o texto do Caetano, porém os sentidos não são os mesmos, apenas pontos de partida para criação de uma nova realidade.
Mais uma vez, sou-lhe grata pelas ricas opiniões expressas. Aproveito a ocasião e agradeço a todos os que vieram aqui e deixaram suas impressões e opiniões sobre a minha poética.
Abraços em Todos,
H.F.
Dileto Profº Jayme:
Foi uma alegria só ler tua análise dos textos da Hercília. Não posso estender muito meus comentários a respeito da Poeta e Escritora Hercília pelo simples fato de tão logo ter conhecido seu trabalhos através dos Blogs, fiquei fã de carteirinha da Hercília. Quem me apresentou foi a minha querida amiga Minina Taninha Poeta.
Voltando ao objetivo deste, tua análise, posso te garantir que, independente de ter aprendido algo a mais sobre análise, fiquei emocionado pela forma carinhosa e opulenta que tratou a autora e o texto.
Obrigado pelo ensinamento.
Aproveito para convida-lo a visitar meu blog RETALHOS DO MODERNISMO - http://www.literalmeida.blogspot.com - Será uma honra.
Abraços
Luiz de Almeida
Obrigado, Luiz Vicente
Das muitas funções que a poesia desempenha, há essa especial de unir pessoas. A poesia de Hercília tornou possível que eu conhecesse vários colegas de aspirações. Se não somos poetas assim tão formamente classificados, ao menos somos poetas para o nosso próprio consumo.
O que eu disse da poesia e da própria Hercília nasceu naturalmente por eu admirar a criadora e a arte por ela criada. Ela é já uma poeta madura esteticamente. Faz poesia com sentimento, mas também com muito conhecimento. Assim, a sua poesia se completa.
Eu também tenho sido apresentado a muita gente boa pela Taninha, pessoa de fina sensibilidade.
Os meus comentários não possuem um objetivo definido de ensinar, mas penso que o tom que emprego ainda seja aquele próprio de pessoas que ensinaram em colégios e universidades um pouco de teoria literária para seus alunos. Atualmente, esse tem sido um feliz passatempo de um aposentado.
Vou incluir o seu blog na lista daqueles que eu acompanho.
Um grande abraço,
Jayme
*Luiz,
muito obrigada por sua vinda ao blog do prof. Jayme, por sua leitura atenta e expressivo comentário.
*Prof. Jayme,
mais uma vez agradeço-lhe pela fortuna crítica de suas palavras.
Forte abraço em Todos!
H.F.
Prof. Jayme Bueno.
Como leitora da Hercília (H.F.), não poderia deixar de vir parabenizá-lo por tão cuidadoso trabalho.
O senhor demonstra grande habilidade em suas decomposições literárias. E, no caso da análise da poesia da H.F., percebi que o senhor realiza uma hermenêutica com base em palavras-chave localizáveis nas escritas da autora, dentre elas a palavra "clara".
Excelente norte de significação. Sombra e Luz, ou "albor" e "escuridão" são bons caminhos para interpretação da poesia alva e, ao mesmo tempo, profunda de nossa poetisa seridoense.
Parabenizo também por seu poema-homenagem, pois fecha com "chave de ouro" o círculo analítico proposto. Revivendo-o:
"Sertão. Seridó.
Na beleza da brancura
a flor de Caicó".
Forte abraço, ilustre educador!
Saudações literárias,
Maria Clara (uma apreciadora das boas letras).
Prezada Maria Clara,
Sempre sou muito grato àqueles que se manifestam no Blog dos amigos virtuais. Assim, todos estamos dando um incentivo a esses poetas e a essas poetisas que se encontram por todo o Brasil. Hercília Fernandes é uma delas, e de muito rigor nos seus poemas. Ela domina com maestria a arte poética.
Para mim, foi uma satisfação tecer um comentário sobre a poesia de Hercília.
Agradeço as suas palavras generosas sobre o meu trabalho, eu, que sou também um admirador dos bons textos.
Muito obrigado pelo apoio que, assim, presta a Hercília e a mim.
Jayme
Parabéns pelo blog voltado para cultura. Leia minha poesia: CANTO AO CEARÁ, selecionada para coletânea do XII Prêmio Ideal Clube de Literatura. Obra lançada no dia 21 de janeiro de 2010. Leia, comente e divulgue. Veja também meu documentário, penúltima matéria do blog: Padim Ciço, Santo ou Coronel? Meu blog: www.valdecyalves.blogspot.com
Veja documentário sobre Padre Cícero: Padim Ciço, Santo ou Coronel? E conheça um dos mais polêmicos personagens do Brasil e da América Latina, onde o messianismo é um fenômeno que responde à opressão social. Basta clicar no link: http://www.youtube.com/watch?v=Fdp5GrhEyHg
Postar um comentário