quinta-feira, 28 de julho de 2011

CASTRO, MINHA TERRA.

Todos nós que saímos da nossa terra natal, sempre temos o desejo de a ela um dia retornar, nem mesmo que seja na lembrança. É o mito do eterno retorno.
Eu, como muitos, sinto uma saudade muito grande da minha cidade. Trago de lá boas lembranças. São recordações de uma adolescência pobre de recursos materiais, mas rico de experiência, de vivência, de amizades, enfim, de tudo um pouco. Até mesmo das águas do Iapó, que eu transpunha várias vezes ao dia, a caminho do trabalho ou da escola.
Estudei, por último no Colégio Diocesano de Santa Cruz. De lá, não esqueço professores, como Bernardo Letzinger, João Baptista Cobbe, Nicolau Hampf, Lourival Leite de Carvalho e muitos outros.
Lembro também, e muito, dos colegas: Luiz Eduardo dos Santos, Georberto Flores, Jorge Alcy Jabczynski, e também das meninas. No começo eram várias: Josema Fiorrilo, Nanci Pereira, Neide Menarim, Perli Lopes, Salua Fadel. Mais tarde, o grupo se resumiu em apenas três. Com elas fomos até o final do curso Científico. Bons tempos aqueles dos anos de 1950. Tempos de sonhos, de voos da juventude, de esperanças, de projetos, que, alguns se realizaram, outros ficaram pelo caminho.
Sempre que para lá retorno, fico ao lado do velho prédio do antigo Cine Marajá. Que saudade das sessões de domingo, às 19 horas. Era lá que se viam muitas das meninas bonitas da cidade, como era também às margens do Iapó, nas areias, que, por isso, o local se chamava Areião.
Fica aqui a demonstração do meu amor por minha terra e da saudade que dela sinto. Saudade de um tempo, que, sem saber, eu fui feliz...