Taninha Nascimento é pseudônimo de uma jovem professora do Rio de Janeiro. É Graduada em Letras e exerce o magistério em Escola do Rio de Janeiro. É também Coordenadora Pedagógica.
Como profissional do ensino, Taninha é pessoa altamente comprometida com a educação de crianças e jovens. O texto em prosa de sua autoria demonstra o seu engajamento na missão de ensinar.
Como artista, é poeta de elevada sensibilidade. Dois poemas justificam o lirismo de sua poesia.
Abre-se à sua frente um longo caminho. Ao percorrê-lo, irá construindo a sua vida e saberá imprimir, nessa trajetória, marcas de educadora e de poeta.
Mantém os Blogs www.norastrodaeducacao.blogspot.com e www.norastrodapoesia.blogspot.com
O HINO NACIONAL BRASILEIRO
Sempre às segundas-feiras – em minha escola – cantamos o Hino Nacional Brasileiro. Eu, que sou “um tanto quanto” emotiva, me emociono – sempre. Mas, hoje... Hoje foi diferente.
Nós estávamos formados no pátio aberto da escola, que é paralela à Avenida Brasil. Enquanto cantávamos, meu olhar saiu da forma das crianças – onde sempre procuro perceber quem canta de fato; ou quem não tem postura; ou quem conversa..., enfim... – e, se perdeu na via... Era perto de sete e trinta da manhã. Os ônibus indo e vindo – lotados.Por instantes, me veio uma agradável sensação meio de orgulho e força; meio de dever se cumprindo e, também, de temor.Esse patriotismo - tão intenso - a que o Hino Nacional nos remete, é desafiador: “... Mas se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta...”. Esta estrofe é a minha preferida. Eu, inclusive, sinto que a minha postura fica mais ereta.
Pois é... As crianças, os professores, os pais. Todos cantando o Hino Nacional Brasileiro, enquanto o que cantamos é – verdadeiramente – vivido e, lindamente, ilustrado pela Avenida Brasil, cedinho, logo pela manhã.
“... Se o penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte...”. Ah... Brasil de braços fortes...
“... Dos filhos deste solo és mãe gentil...”. Novamente uma gostosa sensação. Agora, de acolhimento..., segurança...
Ah... Brasil...
Taninha é daquelas professoras verdadeiras, daquelas que se emocionam com o Hino Nacional, porque leva sua profissão de educar a sério. Ela vive a emoção que o Hino desperta nela. Como símbolo, ele representa a própria Pátria, em que ela vive e que ela ama. Por ela, Taninha aceita o desafio de dedicar-se ao magistério. Nada mais nobre, mas nada mais trabalhoso, difícil, num país que nem sempre dedica à educação o que poderia e deveria dedicar.
Para educar, é necessário saber se emocionar, saber ver a realidade como um complemento da vida vivida. É o patriotismo, é o amor ao nosso país, “mãe gentil”, que ela ensina.
Ela ensina com a autoridade de quem “não foge à luta”.
INIMAGINÁVEL ESPERANÇA
Quantos paradoxos poéticos já na primeira estrofe! E eles se sucedem e percorrem todo o poema! Apesar de tantas “absolutas impossibilidades”, a poeta vislumbra uma “inimaginável esperança”.
Num eterno digladiar-se, os contrários se enfrentam no poema: desespero x calma; lavas x frescor; guerras x bandeiras brancas; gritos x silêncio; iceberg x calor; dores x alegria; impossibilidades x possibilidades. Só assim os “ais de lamento” poderiam dar lugar a uma “esperança”, por inimaginável que fosse. Mas ela é real, porque ela existe.
PALAVRAS E OLHARES
Perdida em palavras e olhares
Como profissional do ensino, Taninha é pessoa altamente comprometida com a educação de crianças e jovens. O texto em prosa de sua autoria demonstra o seu engajamento na missão de ensinar.
Como artista, é poeta de elevada sensibilidade. Dois poemas justificam o lirismo de sua poesia.
Abre-se à sua frente um longo caminho. Ao percorrê-lo, irá construindo a sua vida e saberá imprimir, nessa trajetória, marcas de educadora e de poeta.
Mantém os Blogs www.norastrodaeducacao.blogspot.com e www.norastrodapoesia.blogspot.com
O HINO NACIONAL BRASILEIRO
Sempre às segundas-feiras – em minha escola – cantamos o Hino Nacional Brasileiro. Eu, que sou “um tanto quanto” emotiva, me emociono – sempre. Mas, hoje... Hoje foi diferente.
Nós estávamos formados no pátio aberto da escola, que é paralela à Avenida Brasil. Enquanto cantávamos, meu olhar saiu da forma das crianças – onde sempre procuro perceber quem canta de fato; ou quem não tem postura; ou quem conversa..., enfim... – e, se perdeu na via... Era perto de sete e trinta da manhã. Os ônibus indo e vindo – lotados.Por instantes, me veio uma agradável sensação meio de orgulho e força; meio de dever se cumprindo e, também, de temor.Esse patriotismo - tão intenso - a que o Hino Nacional nos remete, é desafiador: “... Mas se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta...”. Esta estrofe é a minha preferida. Eu, inclusive, sinto que a minha postura fica mais ereta.
Pois é... As crianças, os professores, os pais. Todos cantando o Hino Nacional Brasileiro, enquanto o que cantamos é – verdadeiramente – vivido e, lindamente, ilustrado pela Avenida Brasil, cedinho, logo pela manhã.
“... Se o penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte...”. Ah... Brasil de braços fortes...
“... Dos filhos deste solo és mãe gentil...”. Novamente uma gostosa sensação. Agora, de acolhimento..., segurança...
Ah... Brasil...
Taninha é daquelas professoras verdadeiras, daquelas que se emocionam com o Hino Nacional, porque leva sua profissão de educar a sério. Ela vive a emoção que o Hino desperta nela. Como símbolo, ele representa a própria Pátria, em que ela vive e que ela ama. Por ela, Taninha aceita o desafio de dedicar-se ao magistério. Nada mais nobre, mas nada mais trabalhoso, difícil, num país que nem sempre dedica à educação o que poderia e deveria dedicar.
Para educar, é necessário saber se emocionar, saber ver a realidade como um complemento da vida vivida. É o patriotismo, é o amor ao nosso país, “mãe gentil”, que ela ensina.
Ela ensina com a autoridade de quem “não foge à luta”.
INIMAGINÁVEL ESPERANÇA
Eu suspiro na calma do desespero,
no frescor das lavas
e nas guerras de bandeiras brancas.
Quando o sol nasce a oeste
e o passado pôde ser previsto
e as estrelas ressuscitadas,
o silêncio me indaga
gritando aos quatro ventos:-
Você pode escutar?
Há calor no iceberg de jade.
Alegria nas piores dores
e nos infelizes.
O absurdo toma forma;
contorna, adorna e colore
as mais absolutas impossibilidades.
E - neste momento -
todos os meus ais de lamento
dão lugar a inimaginável esperança.
Quantos paradoxos poéticos já na primeira estrofe! E eles se sucedem e percorrem todo o poema! Apesar de tantas “absolutas impossibilidades”, a poeta vislumbra uma “inimaginável esperança”.
Num eterno digladiar-se, os contrários se enfrentam no poema: desespero x calma; lavas x frescor; guerras x bandeiras brancas; gritos x silêncio; iceberg x calor; dores x alegria; impossibilidades x possibilidades. Só assim os “ais de lamento” poderiam dar lugar a uma “esperança”, por inimaginável que fosse. Mas ela é real, porque ela existe.
PALAVRAS E OLHARES
Perdida em palavras e olhares
Minhas vistas vagam sem saberVagam sem saber o final da estrada do querer...
Do querer e não poder.
Perdida em palavras e olhares.
A tristeza, sorrateira, comemora o fim da alegria
Onde quem feliz me faziaEm breve, já não estaria.
Perdida em palavras e olharesEu te digo, não sabia...
Não sabia que o amor compareceria.
E... Sem cerimônias, ficaria. Perdida em palavras e olhares
A tristeza vitoriosa já sorria (e eu nem via)
Sorria com tamanha crueldade... Sabendo
Sabendo que, em meu coração (perplexo) repousaria.
A matéria do poeta lírico é o amor. Nisso são quase unânimes críticos e teóricos da literatura. E quando se fala em amor como matéria do poema, fala-se também da ausência do amor, ou da fuga do amor.
A fugacidade é outra característica da poesia lírica. O momento lírico é, por natureza, fugaz. Ele vem e se dissolve na atmosfera dos sentimentos.
Dessa forma, o sentimento, a alma, a “disposição anímica”, retrata-se no poema, porque é o poeta vivendo a emoção da sua poesia, momento mágico.
Portanto, poesia é emoção, é o eu do artista refletido no poema. Poeta e poesia se confundem e convivem entre acertos e desacertos, por serem ambos paradoxais. O poeta alimenta e, ao mesmo tempo, repele o amor e a tristeza que o amor causa, assim como a poesia reflete tanto o amor ou a tristeza de uma perda.
É o destino do poeta, é o destino de quem ama.
A matéria do poeta lírico é o amor. Nisso são quase unânimes críticos e teóricos da literatura. E quando se fala em amor como matéria do poema, fala-se também da ausência do amor, ou da fuga do amor.
A fugacidade é outra característica da poesia lírica. O momento lírico é, por natureza, fugaz. Ele vem e se dissolve na atmosfera dos sentimentos.
Dessa forma, o sentimento, a alma, a “disposição anímica”, retrata-se no poema, porque é o poeta vivendo a emoção da sua poesia, momento mágico.
Portanto, poesia é emoção, é o eu do artista refletido no poema. Poeta e poesia se confundem e convivem entre acertos e desacertos, por serem ambos paradoxais. O poeta alimenta e, ao mesmo tempo, repele o amor e a tristeza que o amor causa, assim como a poesia reflete tanto o amor ou a tristeza de uma perda.
É o destino do poeta, é o destino de quem ama.